terça-feira, 25 de novembro de 2014

As faces de Lobato

    Em sua entrevista para o blog Lobatize!,  a prof.ª Ângela Coutinho falou um pouco sobre o escritor Monteiro Lobato e seu envolvimento na educação e no desenvolvimento do Brasil, além de seu pioneirismo na área do petróleo no país e a conotação racista de um de seus textos. 

  Para começo de conversa, ela nos contou sobre a importância de estudar Monteiro Lobato na escola, ler seus livros, já que este foi claramente um idealizador que usou de todas as oportunidades para ajudar no crescimento do Brasil. Lobato foi criticado durante toda a sua carreira, e depois de sua morte continuou sendo causa de questionamentos e motivo para debates.

  De acordo com ela, Lobato tem uma grande lista de qualificações em seu currículo. Foi fazendeiro, advogado, fundador de uma editora, representante cultural do Brasil no exterior e, é claro, escritor. Ele se dedicou aos estudos sobre a história do país e optou por contá-la em seus livros, “mas não para os adultos, para as crianças.” 

  Foram todas essas qualificações que lhe deram base para pesquisar durante doze anos sobre o petróleo em solo brasileiro e escrever um livro intitulado “O Escândalo do Petróleo”, que expõe seus resultados e observações sobre a forma que o assunto era abordado no Brasil, mesmo não tendo qualificação na área química ou geologia. Por causa desse livro, ela nos conta que “Lobato teve todos seus livros queimados durante a Era Vargas, por causa do seu ímpeto de criticar o Ministro de Minas e Energia e as leis vigentes naquele período.” 

 Em uma das nossas perguntas, questionamos se Monteiro Lobato com toda sua atuação e influência recebeu o reconhecimento merecido. E sobre isso a nossa entrevistada ressalta: “O reconhecimento é algo muito complicado de se falar, principalmente em nosso país.” Ela comenta que apesar dos livros de Monteiro Lobato terem sido recuperados e readequados aos estudos e a história literária do país, o escritor ainda é muito criticado. “Então Lobato tem muitas maneiras de ser analisado”, diz ela, “mas ele não tem o reconhecimento do jeito que talvez merecesse. Porém eu penso que esse reconhecimento pode ser por nós que estudamos e podemos divulgar isso.” 

  “Monteiro Lobato é considerado por quem estuda literatura mundial e brasileira um escritor de excelência, criativo, que deixou um legado na cultural brasileira e mundial de uma forma tão simples, mas também tão bem sistematizada e bem humorada fazendo com que a criança e o jovem sempre leiam seus livros.”, diz prof.ª Ângela. 

  Sendo assim, podemos retirar dessa conversa o valor de Monteiro Lobato na ciência, na educação e na construção histórica do país. As palavras da prof.ª Ângela nos inspiraram a continuar nossos estudos sobre esse autor que nos instigou a questionar as coisas ao nosso redor e se necessário critica-las. 

   Agradecemos a prof.ª Ângela que se dispôs a conversar conosco e nos ajudar a enriquecer nosso conhecimento e a compor este blog. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Racista ou não racista? Uma visão da professora Ângela Coutinho, sobre essa polêmica envolvendo Lobato.


Muito se fala sobre a questão do racismo por parte do escritor Monteiro Lobato por conta de algumas frases famosas quando ele faz referência a Tia Nastácia do Sitio do Pica Pau Amarelo. Dentre elas temos: “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou que nem uma macaca de carvão pelo mastro de São Pedro acima”  retirada do livro “As Caçadas de Pedrinho”.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Falando Sobre Educação: A Visão de Ângela Coutinho.

Em uma entrevista feita com a professora Ângela Coutinho, integrante do corpo docente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, nos campi de Nilópolis e São Gonçalo, a professora falou sua opinião e seus conhecimentos a respeito da educação brasileira e o aprendizado a respeito de Monteiro Lobato.
Ao ser questionada a respeito dos ensinamentos sobre Lobato nas escolas, ela diz que há uma disciplina ofertada no curso de pós-graduação em Produção Cultural com ênfase em literatura infanto-juvenil, em que trata-se apenas de Monteiro Lobato e  que o livro Caçadas de Pedrinho de Monteiro Lobato ficou esquecido pelos pesquisadores, mas por ela não ficou esquecido, e quando lhe veio a ideia de trabalhar este livro em um curso decidiu logo trabalhar com esse livro.
Ela ainda disse que o projeto despertou o interesse de outros professores.  Uma professora com o interesse de participar do projeto Mitologias, Ciências e Tecnologias que permite compreender a realidade histórica e social de um país por meio da análise de produtos culturais. Este estudo ocorreria através do livro Ideias de Jeca Tatu para lidar com a questão social e a projeção do Brasil após a exploração do petróleo.  Contudo, devido a fatores externos ao projeto não foi possível a concretização das ideias que se possuía para um novo curso.
Acrescentou falando sobre a educação, dizendo que os governos vão distribuir os royalties do petróleo em 75% para a educação e 25% para a saúde, porém, essa distribuição está sofrendo alterações, como por exemplo, dividir 50% para a educação e 25% para a saúde e 25% para a segurança. Ela se mantém bastante informada porque faz pesquisa sobre Teoria de Comunicação, e completa dizendo que nós não podemos deixar que a distribuição seja desproporcional já que a educação é muito importante. Ângela disse também que se for dessa forma o investimento com os royalties do petróleo, todas as escolas públicas terão condições de poder criar grupos que possa tratar dos alunos de maneira a eles se responsabilizarem pela sua aprendizagem, como o grupo de pesquisa que fez a entrevista, participantes do projeto O petróleo na produção literária de Monteiro Lobato.
Ao final da entrevista, acrescentou ainda uma belíssima observação a respeito da busca do conhecimento: “Não é o professor o responsável pelo aluno aprender, é o próprio aluno. Professor é um auxiliar, ele só sopra a sua curiosidade em cada ramo do conhecimento, e você que é responsável. Então quando você faz um projeto, você é responsável por responder aquela pesquisa que você está fazendo, então se aprender, se tem vontade de aprender porque você é dono, é protagonista. É uma construção, não é alguém que vai começar a depositar alguma coisa na sua cabeça”. 

Por: Natalia Pereira e Raquel Chaves

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Conversa crítica: Carolina Muniz

Conversa Crítica  é a  coluna em que publicamos as entrevistas e os debates produzidos  pelos alunos envolvidos no  projeto  O  petróleo na  produção de  Monteiro  Lobato. Na primeira edição, entrevistamos Rafaela  Alves, participante da  primeira fase do projeto; hoje  publicamos a  entrevista concedida por  Carolina  Muniz,  que  participou da  mesma etapa. As  perguntas  foram  elaboradas  pelas alunas Raquel Chaves e Natália Pereira. 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Conversa Crítica: Rafaela Alves

Como  já foi explicado na página Sobre o  blog, o  Lobatize  foi organizado  a  partir de  três  eixos: Lupa literária (discussão de outros autores sobre a obra  de  Lobato), Lentes de  Lobato (resumos e  resenhas feitas pela  equipe do blog) e Conversa Crítica (debates  e entrevistas criadas  pelo grupo).  A primeira convidada para a  conversa é a aluna Rafaela  Alves, que  participou da primeira equipe do projeto a  que está   ligado este  blog e  concedeu  uma entrevista às alunas Natália Pereira e Raquel Chaves, integrantes  atuais do projeto.
Rafaela,   agradecemos  por  sua participação!
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